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Foto do escritorMarcio Nolasco

Valdemar diz que Tarcísio irá para o PL ainda em 2024 e ganhará festa sem precedentes

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, diz ter prometido a Tarcísio de Freitas (Republicanos) fazer uma festa sem precedentes caso a filiação do governador de São Paulo à sua legenda se confirme. 



O dirigente partidário anunciou em maio deste ano que Tarcísio seria incorporado à sigla que abriga Jair Bolsonaro (PL). À época, Valdemar afirmou que foi avisado pelo próprio governador da decisão e que a transferência deveria ocorrer em julho -o que não se confirmou.


"Acho que ele vem depois da eleição [municipal]", diz o dirigente à coluna. "Ele vem para o PL, me comunicou dois meses atrás. Eu falei que vou fazer a maior festa que um político já teve em São Paulo."


Valdemar lembra que, no primeiro turno do pleito de 2022, mais de 521 mil eleitores votaram no número 22, do PL, em vez de 10, do Republicanos, ao escolher o governador de São Paulo. A confusão teria se dado justamente porque Tarcísio e seu padrinho político, Bolsonaro, concorreram por agremiações diferentes.


"Se ele tivesse empatado com o [Fernando] Haddad [no segundo turno], ele perderia aquela eleição", diz o presidente do PL. "O Tarcísio vem esse ano, com certeza. Não tem outro lugar para o Tarcísio."


Na quarta-feira (10), Valdemar compareceu à festa de aniversário do líder da União Brasil na Câmara dos Deputados, Elmar Nascimento (BA), realizada em Brasília. À imprensa, anunciou que pediu uma audiência com o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, com quem deve falar sobre a proibição de se comunicar com Bolsonaro.


O ex-presidente Michel Temer (MDB) teria intermediado o pedido de conversa. "Falei com o Michel. Eu vou no Alexandre no começo de agosto", diz o presidente do PL.


Como mostrou a Folha de S.Paulo, embora a relação entre Tarcísio e Valdemar esteja mais azeitada hoje, os dois eram desafetos no passado.


Enquanto diretor do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), Tarcísio demitiu apadrinhados de Valdemar durante o primeiro mandato de Dilma Rousseff (PT). O PR, que seria rebatizado como PL, controlava a pasta e teve suas indicações exoneradas numa "faxina" anticorrupção.


Esse foi um dos motivos que levaram Tarcísio a se filiar ao Republicanos, e não ao PL de Bolsonaro, para concorrer ao governo paulista nas eleições de 2022.


A pressão para que o governador se filie à legenda de Valdemar acompanha o aumento nas especulações de que ele possa ser o candidato do bolsonarismo à Presidência em 2026, com Bolsonaro inelegível.


Desde o início do ano, o ex-presidente e sua esposa, Michelle Bolsonaro, e parlamentares do partido têm manifestado publicamente seu desejo de ter Tarcísio na legenda.


Em março, durante a filiação da então secretária do governo paulista Sonaira Fernandes ao PL, Bolsonaro brincou que a "rede de arrasto" do partido poderia capturar também o governador.


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