A camomila desidratada produzida em Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba, recebeu nesta terça-feira (23) o reconhecimento de Indicação Geográfica (IG) pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Esta foi a 14ª IG concedida a produtos do Paraná e a primeira publicada pelo instituto em todo o Brasil em 2024.
O selo foi concedido na modalidade de Indicação de Procedência, que atesta a qualidade e a tradição do produto cultivado em um determinado local, à Associação dos Produtores de Camomila de Mandirituba (Camandi). A cidade é considerada a capital nacional da camomila, sendo uma das principais produtoras da erva em todo o Brasil, de acordo com o Sebrae Paraná, que orientou o processo de concessão do selo de IG ao produto.
Segundo dados do Departamento de Economia Rural (Deral), Mandirituba é responsável por cerca de 30% de toda a camomila produzida no Paraná, com mais de 300 toneladas anuais colhidas. Anualmente, a produção desta planta também gera cerca de R$ 5 milhões de faturamento bruto aos produtores da cidade.
A camomila de Mandirituba é utilizada para chás, essências e produtos farmacêuticos. Além disso, o cultivo também impulsiona o turismo regional, já que visitantes vão até a cidade para acompanhar a florada da lavoura, especialmente nos meses de agosto e setembro.
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