POR QUE A JORNADA DE SIMONE BILES ATÉ PARIS 2024 FOI A MAIS DIFÍCIL DE SUA CARREIRA
- Bisbi Esportes
- 20 de jul. de 2024
- 2 min de leitura
Simone Biles sempre fez tudo parecer tão fácil.
Ela estourou no cenário internacional sênior como um fenômeno da ginástica artística que, aos 16 anos, passou de estrela júnior em ascensão nos EUA a melhor do mundo em um piscar de olhos.
“Naquele ponto, eu estava apenas tentando ir lá e fazer meu nome”, revela Biles sobre seu desempenho no Campeonato Mundial de 2013, na série Simone Biles Rising, da Netflix, produzida em colaboração com o Comitê Olímpico Internacional. “Esse foi o primeiro e único Mundial em que fui o azarão.
“Depois de vencer, isso muda todas as expectativas para o resto da sua carreira. É fácil ser o azarão”, continuou Biles. “Agora, toda vez que apareço, espera-se que eu vença.”
E foi isso que Biles fez.
Um segundo título mundial em 2014, um terceiro em 2015. Sua passagem pelos Jogos Olímpicos Rio 2016 terminou com ela no degrau mais alto do pódio quatro vezes, ao conquistar medalhas de ouro por equipe, individual geral, salto e solo.
Até mesmo seu retorno ao esporte depois de um ano sem treinar parecia fácil. Quando ela voltou ao cenário global em 2018, depois de ficar afastada ano anterior, Biles teve seu mundial de maior sucesso: ganhando uma medalha em cada final.
Em 2019, ela conquistou cinco medalhas de ouro no Campeonato Mundial, batendo o recorde que perdurava por 61 anos.
“Na verdade, acho que havia algo de bom em entrar em 2016 às cegas, porque eu não sabia de nada e as expectativas não eram tão grandes como são agora”, disse Biles após sua nona conquista do título dos EUA no início deste ano. “Agora, depois de ter ido a duas Olimpíadas, cada uma delas fica um pouco mais estressante porque sei exatamente o que esperar.”
Esse estresse atingiu Biles em Tóquio 2020, quando ela teve que se retirar da final da equipe feminina e de quatro finais individuais subsequentes para priorizar sua saúde mental – isso enquanto lidava com o que as ginastas chamam de twisties, uma condição em que o corpo e a mente ficam fora de sincronia.
As performances que sempre foram tão fáceis para ela, naquele momento não eram possíveis.
Nos anos seguintes, Biles revelou que o quadro foi causado por uma combinação do trauma decorrente de seu abuso nas mãos do ex-médico da seleção dos EUA, o isolamento causado pela COVID, que impactou os Jogos, e a sensação de que ela tinha “o peso do mundo” sobre os ombros.
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