Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revela que a venda de produtos pela internet com valor até US$ 50 aumentou 35% no Brasil durante o ano de 2023.
Na terça-feira, 28, após um acordo entre o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os deputados aprovaram a taxação de 20% de imposto de importação sobre compras internacionais dentro desse valor.
O CNC elaborou um ranking das categorias de produtos mais vendidos nessa faixa de preço, constatando que roupas femininas são as mais procuradas nos sites de vendas. Itens como calças, jardineiras e shorts de fibra sintética tiveram um aumento de 407,40% em comparação com 2022.
A lista também destaca "Tapetes e revestimentos para pisos" em 2º lugar, com um crescimento de 399,80%, enquanto lâmpadas ou tubos incandescentes ficaram em 3º lugar, com aumento de 231%.
A pesquisa da CNC mostra que a China é o maior exportador de produtos pela internet para o Brasil, responsável por 51,8% dessas transações. Marcas populares como Shein, Aliexpress e Shopee, todas sediadas na China, têm sido foco das discussões sobre as novas políticas de taxação no Brasil.
As categorias mais vendidas incluem:
Calças, jardineiras, bermudas e shorts femininos de fibras sintéticas: 407,40%
Tapetes e revestimentos para pisos de matérias têxteis sintéticas ou artificiais: 399,80%
Lâmpadas/tubos incandescentes para tensão inferior ou igual a 15 V: 231,00%
Bebidas não alcoólicas (exceto água e cerveja sem álcool): 163,40%
Brinquedos com motor não elétrico: 104,70%
Bonecos representando seres humanos, mesmo vestidos: 101,60%
Lapiseiras: 99,50%
Aparelhos eletromecânicos com motor elétrico incorporado, uso doméstico: 87,60%
Brinquedos com motor elétrico: 71,90%
Pilhas e baterias com volume exterior não superior a 300 cm³: 65,20%
Além da China, Argentina e Paraguai aparecem como importantes exportadores, responsáveis por 6,2% e 5,9%, respectivamente. Os outros 36,1% são divididos entre diversos países.
A CNC também comparou os preços de produtos vendidos por empresas brasileiras e estrangeiras. Um produto que custa R$ 292 quando comprado de uma varejista internacional pode chegar a R$ 630 no Brasil, já com os impostos aplicados.
Em termos de tributação, o Brasil é o sétimo país que mais acrescenta impostos aos preços das mercadorias, superando Portugal, Eslovênia e Nova Zelândia. Os países que mais tributam são Hungria (16%), Grécia (15%) e Dinamarca (14%).
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