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Foto do escritorRenata Bueno

Pela Vida das Mulheres: Um chamado à Consciência e à Ação Global

O Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher, celebrado em 25 de novembro, é um marco que nos chama a refletir sobre a urgência de enfrentar uma das mais cruéis violações dos direitos humanos. É um dia para lembrar as vítimas, apoiar as sobreviventes e reafirmar o compromisso de construir uma sociedade onde nenhuma mulher tenha sua dignidade ou vida ameaçada pela violência.



Entre tantas histórias, o caso da ítalo-brasileira Ana Cristina ecoa como um alerta doloroso e urgente. Ana foi brutalmente assassinada pelo marido na Itália, deixando três filhos que agora enfrentam as consequências irreparáveis dessa violência. Como advogada da família, estive na linha de frente desse caso, buscando justiça para Ana e segurança para seus filhos.


Esse crime não foi um ato isolado. Ele reflete uma epidemia global de violência doméstica que atravessa culturas, países e classes sociais. O feminicídio de Ana Cristina é um símbolo da urgência de ações mais efetivas para proteger mulheres em situações de risco.

Destaco a Campanha Sinal Vermelho, uma iniciativa pioneira firmada entre Brasil e Itália. Por meio dela, vítimas de violência podem pedir ajuda de forma discreta, mostrando um “X” vermelho na palma da mão em locais credenciados, como farmácias. Essa estratégia salva vidas, oferecendo um canal acessível e confidencial para as mulheres denunciarem agressões.


Além disso, trabalho para reforçar a integração entre os sistemas legais dos dois países, garantindo que mulheres ítalo-brasileiras tenham seus direitos respeitados em ambos os territórios. É essencial que governos, organizações e sociedade civil colaborem para construir redes de apoio seguras e eficazes.


Embora medidas emergenciais sejam fundamentais, a raiz do problema está em uma cultura que normaliza o machismo e a desigualdade. Precisamos começar pela educação, ensinando nossas crianças, desde cedo, a valorizar o respeito e a igualdade de gênero. Na minha atuação, defendo políticas públicas que combatam a violência de gênero por meio de três pilares:


1. Prevenção, com campanhas educativas e programas sociais.

2. Acolhimento, oferecendo proteção e suporte psicológico às vítimas.

3. Punição, garantindo que agressores sejam responsabilizados de forma exemplar.


Neste 25 de novembro, não podemos nos limitar a discursos e declarações. É hora de agir — seja denunciando casos de violência, apoiando campanhas de prevenção ou oferecendo um ombro a uma mulher em situação de vulnerabilidade.


A violência contra a mulher não é um problema individual, mas uma questão que exige solidariedade e compromisso coletivo. Como mulher, mãe e profissional, dedico minha vida a essa causa, porque acredito que um mundo mais justo e seguro para todas as mulheres é possível.


Que o legado de Ana Cristina e de tantas outras vítimas nos inspire a lutar, sem cessar, pela vida, pela dignidade e pela igualdade.



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