"Oh! Deus! Se haveria um paraíso na terra,
não estaria longe daqui"
(Frase dita pelo navegante Américo Vespúcio quando
pisou as praias da baía)
Como eu escrevi, na crônica anterior, acabei de fazer uma viagem para descansar e, entre outros lugares, visitei Cunha-SP, maior polo de produção artesanal de cerâmica no Brasil. Alguns quilômetros depois de Cunha, já no Estado do Rio de Janeiro, visitri a famosa cidade de Paraty, cujo aldeamento surgiu em 1636, no período colonial.
Todas as vezes que vou a lugares históricos eu me emociono e Paraty não fugiu à regra. Perambulei pelas ruas estreitas do Centro Histórico, pisei as pedras irregulares preservadas desde o século XVI e admirei os casarões coloniais. Uma espécie de epifania me transportou para o passado. Fui tomada por sopros de memórias e vi escravos negros carregando aquelas enormes pedras, construindo as ruas e as casas brancas de janelas azuis e telhas vermelhas. Assim como as demais cidades coloniais, Paraty também assistiu à matança de indígenas e à exploração da mão de obra dos negros escravos.
Paraty - Centro Histórico
Caminhar pelo Centro Histórico de Paraty é um desafio grande, ainda mais num dia chuvoso. Tive que andar de cabeça baixa e passo desconfiado com muito medo de tropeçar, escorregar e cair.
Paraty é um paraíso com mar e floresta. As cores azul, verde e o branco das casinhas dominam a paisagem. A cidade é considerada Patrimônio Cultural e Natural da Humanidade e ela nos encanta por seu charme, tranquilidade e diversidade de atividades.
Entre os tesouros históricos de Paraty, está um trecho da Estrada do Ouro, construída por escravos entre os séculos XVII e XIX, por onde transportavam os metais preciosos extraídos no interior de Minas Gerais até o porto de Paraty,
Foi uma grande pena ter passado pela cidade num final de semana chuvoso. Voltarei a Paraty, na primeira oportunidade que tiver, para melhor apreciar o que a cidade tem a oferecer.
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