Um padre, preso no domingo em Coari, interior do Amazonas, por ser suspeito de pedofilia, engravidou uma das vítimas e a obrigou a abortar e a enterrar o feto num quintal.
As informações foram reveladas, nesta segunda-feira (19), pela Polícia Civil.
As investigações concluíram que pelo menos quatro adolescentes foram alvo de abusos sexuais por parte do padre, que também filmava os crimes.
A investigação teve início no ano passado, depois de uma jovem, de 17 anos, denunciar que mantinha um relacionamento com o padre, que filmava os atos sexuais e armazenava os vídeos.
A menor relatou que mantinha relações sexuais com o padre desde os 14 anos. Além disso, chegou a engravidar do homem, que a obrigou a abortar.
"Nesse contexto, entra a participação de um homem de 34 anos, que está foragido. Ele é amigo do padre e foi o responsável por fornecer à adolescente um medicamento, que ela ingeriu e resultou no aborto. O feto foi expelido no quintal da casa desse amigo do padre e enterrado no local. Isso foi confirmado tanto por fotos quanto pelo depoimento da vítima", explicou o delegado José Barradas.
A jovem era alvo de violência psicológica e alvo de ameaças constantes pelo padre, que a coagia dizendo que "iria acabar com a vida dela, pois ela era sua e de mais ninguém".
Durante a operação que levou à detenção do suspeito, os policiais encontraram o padre na cama com uma jovem que tinha completado recentemente 18 anos. Além de manter relações com a vítima, pedia-lhe que levasse amigas para que todos tivessem relações sexuais em conjunto.
Foram apreendidos "mais de 260 vídeos de cenas de sexo com adolescentes e com outras pessoas".
Em comunicado, a Diocese de Coari manifestou repudio por todas as forma de abuso e disse estar solidária com as vítimas e famílias. Além disso, afastou o padre de todas as funções que desempenhava na Igreja Católica.
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