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O Deus que se fez vulnerável

Por Christina Faggion Vinholo, teóloga, especialista em AT e NT.


Na eternidade, Deus era perfeitamente completo em Si mesmo. Ele não precisava de nada. Pai, Filho e Espírito Santo viviam em perfeita comunhão, glória e alegria. Não havia falta. E ainda assim, por amor, Deus decidiu revelar-Se e salvar um povo para Si. Essa decisão culmina no mistério mais profundo e belo da fé cristã: Deus se fez homem.



O apóstolo João declara: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade” (João 1:14). Aquele que criou todas as coisas (João 1:3) entrou na criação, não com glória visível, mas com humildade e fraqueza humana. O Deus todo-poderoso tornou-Se vulnerável. Cristo nasceu em um estábulo, cresceu em obediência, sentiu fome, sede, cansaço. Chorou, sofreu, foi tentado. Ele “não considerou o ser igual a Deus algo a que devesse se apegar, mas a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo” (Filipenses 2:6-7).


Esse esvaziamento — a kénosis — não foi a perda de Sua divindade, mas a aceitação voluntária das limitações da humanidade. Jesus foi 100% Deus e 100% homem. Ele assumiu nossa carne não apenas para nos conhecer de perto, mas para nos redimir por completo.


A cruz é o ponto mais profundo dessa vulnerabilidade. Ali, o Justo morreu pelos injustos. Cristo, o Filho eterno, foi moído por nossos pecados (Isaías 53:5), abandonado temporariamente pelo Pai (Mateus 27:46), carregando a maldição da Lei em nosso lugar (Gálatas 3:13). O Deus que nada precisava entregou tudo. Ele se deixou vencer pela morte — não porque fosse impotente, mas porque era obediente até o fim (Filipenses 2:8). A vulnerabilidade de Jesus não foi fraqueza, foi amor sacrificial.


Mas a história não termina no túmulo. Ao terceiro dia, Ele ressuscitou. A morte não pôde retê-lo. Em Sua ressurreição, Jesus foi declarado Filho de Deus com poder (Romanos 1:4). Ele venceu o pecado, o inferno e a morte. E Ele está vivo — hoje, agora, exaltado à direita do Pai, reinando soberanamente sobre todas as coisas (Efésios 1:20-22).


Na fé reformada, cremos que esse Cristo glorificado ainda é o nosso mediador. Ele não apenas veio uma vez — Ele virá outra vez, com glória e poder. Sua primeira vinda foi marcada pela vulnerabilidade. Sua segunda será marcada pela majestade. Ele virá para julgar vivos e mortos, para consumar o Reino, para fazer novas todas as coisas (Apocalipse 21:5).


Enquanto esperamos, vivemos entre a cruz e a glória. O Noivo está vivo — e voltará para buscar sua Noiva, a Igreja, que Ele amou e purificou com Seu sangue (Efésios 5:25-27).


Aquele que se fez vulnerável voltará vitorioso.


Essa é a esperança que sustenta o povo de Deus. Essa é a fé que proclamamos: Cristo morreu, Cristo ressuscitou, Cristo está vivo — e Cristo voltará.


Instagram: @chrisvinholo

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