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O caso Biden e os filtros partidários.

Atualizado: há 3 dias

Por Walber Guimarães Junior, engenheiro e diretor da CIA FM.


Poucos brasileiros assistiram ao debate de estreia da eleição americana, entre os Biden, atual, e Trump, ex-presidentes, ambos na faixa de 80 anos, todavia os posteriores memes, espalhados aos borbotões, são quase de domínio público.


Todos sabem que em debate só não vale ser nocauteado porque serão as edições dos melhores momentos que terão circulação intensa, muito mais efetivas na formação de opinião. Mas o octogenário Biden esteve nas cordas, por quase todo o tempo, movido por suas debilidades, já que a troca de ataques foi equilibrado e sem poder de decisão.



Embora tenha assistido apenas parcialmente, senti pena dos americanos, e intimamente reabilitado, pela baixa expectativa das opções disponíveis, mas o Biden foi, por sua conta e risco, submetido a suprema humilhação de expor sua fraqueza cognitiva, imposta pela saúde ou apenas pela força dos anos de batalha.


Biden que tem uma bela história de vida, independente da opção eleitoral, pode jogar na lata de lixo sua biografia simplesmente porque não há instrumento, fora da esfera partidária que o afaste do jogo político. O domínio da máquina partidária é o mais eficiente instrumento para se aproximar do poder, no caso americano uma via de mão dupla, onde democratas e republicanos apostam corrida em direção à Casa Branca.


Ocorre que o modelo partidário americano impõe um processo eleitoral interno que exige uma aproximação entre potenciais candidatos e as instâncias partidárias, antes da disputa eleitoral, limitando a cartorização das siglas. Mas no Brasil ....


É importante frisar que os ajustes da legislação eleitoral, em direção à limitação das siglas incipientes, estão funcionando bem e depois de atingir trinta e cinco, o número de siglas deve continuar descendente até se aproximar de uma dezena, mas, ainda assim, muitas siglas são quase propriedades particulares de seus comandantes, inclusive com cotação e valor de face determinados pelo governo, no processo de distribuição dos fundões eleitorais e partidário.


Se você desconhece escândalos e desvios de recursos públicos, na esfera partidária, provavelmente você está chegando de uma longa temporada em Marte porque, nós simples mortais tupiniquins, somos seguidamente afrontados pela transferência criminosa de dinheiro público para os bolsos dos donos de partido, segundo as mais diversas artimanhas, todas sob o manto protetor da legislação benevolente.


A questão é que no modelo americano a escolha é única e a disputa praticamente direta entre apenas dois competidores de fato. Sendo assim, os democratas precisam substituir Biden, por inaptidão cognitiva, ou Trump pode preparar o terno da posse e, desta vez, o 6 de janeiro pós eleições será apenas um dia tranquilo. Todavia, no modelo brasileiro, 80% das siglas apostam suas fichas, com dinheiro alheio, em candidatos de outras siglas, nas polêmicas coligações, e, se suas odds não ajudarem, podem renovar as apostas no segundo turno.   


Pior ainda, qualquer imbecil de posse da sigla, coloca seu nome na disputa, escorado por financiamento público e se credencia para uma vantajo$a negociação pelo seu apoio, ainda que sem votos, de posse de outra commodity pública; o tempo de palanque eletrônico.


Ganhar na loteria é legal e desejado por todos, mas, pense bem, ganhar a segunda vez é muito raro e, por isso, acho que ser dono de uma sigla partidária é ainda mais rentável por permitir premiações a cada dois anos.


Ainda que o objetivo tenha sido traçar um paralelo entre um candidato incapaz, nas duas nações, toda similaridade se desfaz quando se verifica que, se para os americanos isto pode ser fatal, no Brasil pode ser apenas uma boa isca para fisgar um peixe maior na segunda lagoa eleitoral.


Aos americanos, a missão é ingrata; trocar um ícone da política, derrotado pelo peso dos anos, por alguém com agilidade mental para defender suas ideias, talvez a vice Kamala Harris, cabe aos brasileiros uma missão mais complexa; pressionar os donos do poder para alterar regras que os beneficiam.


Para eles, apenas substituir o ídolo do time no início do jogo, para os brasileiros torcer para que os atletas façam gols contra. 

Tá difícil ....

 

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