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Foto do escritorMarcio Nolasco

NOLASQUEANDO - Acontecimentos no Brasil e no mundo...

O governo de São Paulo, em resposta à solicitação do ministro Luís Roberto Barroso, do STF, detalhou na sexta-feira o novo cronograma de implantação do sistema de câmeras corporais da Polícia Militar. As novas câmeras usadas por policiais terão acionamento remoto e os testes de validação estão previstos para o dia 10 de dezembro. O mais recente edital lançado pela Secretaria de Segurança Pública prevê que o próprio policial poderá decidir quando ligar a câmera para iniciar a gravação de uma abordagem. De acordo com o novo sistema, além do acionamento remoto, o equipamento poderá ser reativado após desligamento intencional, via bluetooth, e também prevê a detecção de som de tiros. O governador disse que se arrepende da postura reativa que teve com câmeras corporais e que agora percebe que elas “ajudam o agente".


A minissérie Senna, que acaba de estrear na Netflix, é finalista no prêmio de Melhor Série em Língua Estrangeira na 30ª edição do Critics Choice Awards. Estrelada por Gabriel Leone, a produção de seis episódios narra a vida e a carreira do herói nacional do automobilismo. A série Xógum: A Gloriosa Saga do Japão lidera a lista com seis nomeações, entre elas as categorias Melhor Série Dramática, Melhor Ator em Série Dramática e Melhor Atriz em Série Dramática. Veja a lista completa. O evento ocorre no dia 12 de janeiro de 2025, em Santa Monica, Califórnia.


Depois de 24 anos no poder, o presidente sírio Bashar al-Assad foi deposto neste domingo por rebeldes liderados pelo grupo islâmico Hayat Tahrir al-Sham (HTS). Multidões agitaram a bandeira síria e derrubaram estátuas e retratos do presidente e de seu pai e antecessor, Hafez al-Assad, enquanto tiros para o alto e buzinas de carros ecoavam pela capital Damasco. Assad deixou a cidade de avião em direção a Moscou quando a ofensiva ainda se aproximava, e, de acordo com a imprensa estatal russa, ele receberá asilo humanitário. A família Assad comandava a Síria há mais de 50 anos e enfrentava uma insurgência iniciada na Primavera Árabe, em 2011, que levou à queda de ditadores em países como Egito, Líbia e Tunísia, embora sem a substituição por democracias.


O líder rebelde Abu Mohammed al-Julani foi recebido com festa por populares na maior mesquita de Damasco no domingo. Ele comanda o HTS, grupo classificado como organização terrorista por vários governos ocidentais e do Oriente Médio e também pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas. Quando foi fundado em 2011, sob o nome de Jabhat al-Nusra, o grupo era filiado direto da al-Qaeda. Abu Bakr Al-Baghdadi, do Estado Islâmico, também esteve envolvido em sua formação. Julani rompeu publicamente com a al-Qaeda e dissolveu o Jabhat al-Nusra antes de criar o HTS. O grupo começou uma iniciativa rebelde em novembro, que resultou na captura de cidades-chaves da Síria, num dos mais violentos avanços nos 13 anos de guerra civil do país. Por seus vínculos com o terrorismo, o governo dos EUA está oferecendo uma recompensa de US$ 10 milhões pela captura de Julani.


O clima em Damasco, após o pronunciamento de Julani, era de júbilo, mas também de apreensão. Enquanto sírios foram às ruas para comemorar a queda de Assad, rebeldes saquearam a casa do ditador e colocaram fogo na sede do governo na capital síria. A família Assad deixa um legado amargo depois de meio século de regime repressivo. O presidente deposto e seu pai governaram o país com mão de ferro e esmagaram os dissidentes confiando nas forças de segurança do país — apenas na prisão de Saydnaya, calcula-se que o regime tenha torturado e executado mais de 30 mil opositores desde 2011. Mas os soldados de Assad desapareceram antes de os rebeldes chegarem à capital. 


Tiros para o alto e buzinas de carros ecoavam pela capital Damasco. Assad deixou a cidade de avião em direção a Moscou quando a ofensiva ainda se aproximava, e, de acordo com a imprensa estatal russa, ele receberá asilo humanitário. A família Assad comandava a Síria há mais de 50 anos e enfrentava uma insurgência iniciada na Primavera Árabe, em 2011, que levou à queda de ditadores em países como Egito, Líbia e Tunísia, embora sem a substituição por democracias.


No fim da tarde de domingo, os Estados Unidos bombardearam alvos do Estado Islâmico no país em meio à queda de Assad. Segundo órgãos americanos, os ataques aéreos tiveram como alvo “líderes, agentes e campos” do grupo terrorista. Em nota, o Comando Central dos EUA afirmou que os ataques visavam garantir que o Estado Islâmico não tirasse vantagem da atual situação na Síria.


Benjamin Netanyahu disse que a queda da ditadura síria pode colaborar com a chegada de um acordo na Faixa de Gaza. Segundo o primeiro-ministro israelense, as recentes ações militares de Israel têm influência sobre a mudança de poder no país. “É resultado dos ataques do Iraque ao Irã e ao Hezbollah, principais apoiadores do regime Assad”, afirmou, classificando a derrubada do ditador sírio como “um dia histórico no Oriente Médio”. O Exército de Israel está atualmente lutando em quatro frentes: em Gaza, na Cisjordânia, no Líbano e “começando hoje à noite, também na Síria”, afirmou no domingo o chefe da brigada militar de Israel nas Colinas de Golã.


Diante da incerteza em que região está mergulhada com a queda de Assad, o Itamaraty recomendou a brasileiros que evitem permanecer ou passar pela Síria “até o retorno à normalidade”.


Steve Rosenberg: “Por quase uma década, foi o poder de fogo russo que manteve Bashar al-Assad no poder. Até os eventos extraordinários das últimas 24 horas. A queda do regime de Assad é um golpe para o prestígio da Rússia. Bashar al-Assad era o aliado mais fiel da Rússia no Oriente Médio, o Kremlin investiu pesadamente nele. As autoridades russas terão dificuldade de apresentar sua queda como algo diferente de um grande revés para Moscou”.


O Presidente deposto e seu pai governaram o país com mão de ferro e esmagaram os dissidentes confiando nas forças de segurança do país — apenas na prisão de Saydnaya, calcula-se que o regime tenha torturado e executado mais de 30 mil opositores desde 2011. Mas os soldados de Assad desapareceram antes de os rebeldes chegarem à capital. 



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