A Polícia Civil prendeu Gisele Beatriz Dias, de 42 anos, na noite de terça-feira, 15, após a morte de suas filhas gêmeas, Antonia e Manoela Pereira, de apenas 6 anos, em um intervalo de oito dias, no município de Igrejinha, no Rio Grande do Sul.
As autoridades estão investigando a possibilidade de as gêmeas terem sido vítimas de envenenamento ou intoxicação por remédios, uma vez que não foram encontrados sinais de agressão física nos corpos. Antonia faleceu na terça-feira, 15, enquanto Manoela havia morrido no dia 7 do mesmo mês.
"O relato dos médicos que atenderam as meninas sugere uma possível intoxicação exógena, ou seja, causada por algo ingerido, como medicamentos ou veneno. No entanto, aguardamos os laudos do Instituto-Geral de Perícias para confirmar", afirmou o delegado Cleber Lima em entrevista à RBS TV.
O fato de as mortes terem ocorrido em um curto intervalo de tempo despertou a atenção dos investigadores. Graciano Ronnau, comandante do Corpo de Bombeiros Voluntários de Igrejinha, foi chamado para atender a ocorrência de Antonia. As meninas foram socorridas na casa da família, no bairro Morada Verde, onde viviam.
Apesar de Gisele ter negado envolvimento nas mortes das filhas, um médico que testemunhou no caso mencionou que a mãe já havia demonstrado "ideias perversas" em relação às crianças. Além disso, Gisele havia sido internada na ala psiquiátrica pouco antes das tragédias.
O pai das gêmeas também foi ouvido pela polícia, mas não é considerado suspeito. Segundo seu depoimento, as filhas não apresentavam problemas de saúde conhecidos. Após a morte de Manoela, Antonia tinha uma consulta médica marcada para o dia 15, a fim de investigar uma possível doença, justamente no dia em que ela faleceu.
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