O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira (29) a distribuição de mais 991,3 mil doses da quinta remessa de vacinas da dengue.
Dessas, 656,1 mil são doses de reforço e 335,2 mil são para primeiras doses. Com essa entrega, mais 405 municípios serão contemplados, totalizando 1.735 que poderão vacinar adolescentes de 10 a 14 anos de idade.
Para a proteção completa contra a dengue, o imunizante hoje incorporado pelo SUS (Sistema Único de Saúde) é administrado em duas doses. A vacina Qdenga é da empresa japonesa Takeda e recebeu a pré-qualificação da OMS (Organização Mundial da Saúde).
Segundo a pasta, o Brasil comprou todo o estoque disponível de vacina da dengue disponível no mercado internacional. O total de doses disponibilizadas chega a 6,5 milhões para 2024 e 9 milhões para 2025.
Devido à capacidade limitada de produção do laboratório, as doses estão sendo entregues em parcelas. Com a quinta remessa, serão 3,6 milhões de doses distribuídas aos estados e municípios. Até a terça-feira (28), 1,1 milhão de doses já haviam sido aplicadas.
De acordo com a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, a baixa adesão à vacina tem relação com o público mais jovem, que não costuma "frequentar os serviços de saúde rotineiramente e, por isso, os pais e responsáveis precisam levar as crianças e adolescentes para se vacinar".
A faixa etária foi escolhida, dentro da indicada pelo laboratório para receber a vacina –de 5 a 60 anos– por ser um público com maior número de hospitalizações por dengue. O Brasil tinha até esta quarta-feira (29), 5,4 milhões de casos prováveis e 3.254 mortes pela da doença.
Além da Qdenga, está em produção pelo Instituto Butantan uma vacina brasileira, em fase final de testes. Em declaração feita em janeiro, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou que a previsão é que a vacina fique pronta em setembro e que seja entregue em 2025.
A última fase de testes da vacina brasileira mostrou uma eficácia geral de 79,5% na prevenção da doença após uma única dose, de acordo com estudo disponível no periódico The New England Journal of Medicine, uma das principais publicações médicas do mundo.
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