O candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), afirmou nesta quarta-feira, 4, durante sabatina promovida pelo UOL e pela Folha de S.Paulo, que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), precisa ser investigado por sua atuação na Corte. O ex-coach também criticou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), pelo apoio ao atual prefeito e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB): "Está do lado errado e enterrando sua carreira política."
Sobre a atuação de Moraes, que suspendeu a rede social X no País na última semana, Marçal rebateu as acusações de que estaria poupando o ministro de críticas. O ex-coach afirmou que "houve excessos" por parte do magistrado e que, por isso, sua conduta "precisa ser investigada". "Tem exagero sim, e precisa ser investigado", disse.
No entanto, Marçal não confirmou presença na manifestação do 7 de Setembro, organizada por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O ato ocorrerá na Avenida Paulista no próximo sábado e terá como tema principal o impeachment de Moraes.
Quando questionado sobre a declaração de Tarcísio em um vídeo de campanha de Nunes veiculado na manhã desta quarta-feira, Marçal afirmou que o governador está "enterrando sua carreira política" ao apoiar o atual prefeito.
Na peça de campanha, Tarcísio diz: "O Pablo é a porta de entrada para o [Guilherme] Boulos [candidato do PSOL à prefeitura de São Paulo]."
"Sua decisão de tocar no meu nome é errada porque isso vai manchar sua carreira política. Ele está do lado errado e enterrando sua carreira política", afirmou Marçal.
O ex-coach também afirmou que só será candidato a presidente em 2026, se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) "morrer até lá", já que acredita que Bolsonaro não terá condições de reverter sua inelegibilidade.
Planos de governo para capital paulista
Marçal falou sobre suas propostas para a área habitacional, prometendo criar o "maior programa de moradia que o Brasil já viu". O ex-coach aproveitou o tema para provocar o adversário político Guilherme Boulos, afirmando que "ninguém vai invadir a casa de ninguém". Boulos, que já liderou o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), é criticado por seu histórico de atuação no movimento.
Quanto às propostas para a educação, Marçal criticou o modelo escolar da capital paulista, alegando que está ultrapassado, e afirmou que pretende implantar uma "mentalidade empreendedora" entre os jovens, incluindo matérias como inteligência financeira e empreendedorismo no sistema de ensino.
O candidato também propôs a criação de "escolas olímpicas" com educação em tempo integral e esportes olímpicos para formar atletas de alto rendimento. "Vamos ter as crianças treinando. Centro olímpico custa R$ 1,5 milhão. Queremos fazer em todas as escolas. Isso é progressivo, não é no primeiro ano, no segundo", disse.
Com relação à segurança pública, Marçal afirmou ser favorável a triplicar o efetivo da Guarda Civil Metropolitana (GCM), mas não detalhou como os recursos necessários para financiar a medida seriam obtidos. "O problema é que todo mundo quer fazer em quatro anos, vai embora e o outro larga. A gente só tem política eleitoreira", disse.
Na terça-feira, 3, a pesquisa Real Time Big Data indicou um empate técnico na liderança entre três candidatos à Prefeitura de São Paulo. Marçal (PRTB) lidera numericamente no cenário estimulado, com 21% das menções, seguido pelo prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), com 20% das intenções de voto, e pelo deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), que também aparece com 20%.
Nunes e Boulos estão empatados numericamente e ambos estão tecnicamente empatados com Marçal, dentro da margem de erro da pesquisa, que é de três pontos porcentuais.
A deputada federal Tabata Amaral (PSB) tem 9%, seguida pelo apresentador de TV José Luiz Datena (PSDB), com 8%. A economista Marina Helena, do Novo, tem 3%. Tabata, Datena e Marina estão empatados tecnicamente. Entre Tabata e Marina, o empate ocorre no limite da margem de erro.
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