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Foto do escritorRedação Bisbilhoteiro

"Marielle, presente" na Marcha das Mulheres Negras em São Paulo

Por José Cícero


Ensaio fotográfico mostra como foi a 8ª edição do ato que tomou as avenidas do centro da capital paulista


“Marielle, presente! Justiça por Marielle. Estamos perto de descobrir o mandante do assassinato”. Essas frases se repetiram nas falas de diversas mulheres negras que participaram da 8ª edição da Marcha das Mulheres Negras de São Paulo, na noite de terça-feira, 25 de julho.

Alorixás abriram a 8ª edição da Marcha das Mulheres Negras e abençoaram a multidão que se concentrava na Praça da República no centro de São Paulo






Cantoras do grupo Pastoras do Rosário também se apresentaram


Este ano, a marcha teve o tema “Mulheres negras em marcha por um Brasil com democracia. Sem racismo, sem violência, sem anistia para os fascistas. Justiça por Marielle e por Luana Barbosa, por nós, por todas nós, pelo bem viver”.


Ato pediu justiça por Marielle Franco e Luana Barbosa


A manifestação acontece todo dia 25 de julho, data em que é comemorado o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. No Brasil, desde 2014, por conta da lei 12.987 a data também marca o Dia Nacional de Tereza de Benguela, líder quilombola que viveu e liderou o Quilombo do Piolho, localizado na cidade de Vila Bela da Santíssima Trindade, atual estado de Mato Grosso.






Artistas, ativistas, movimentos sociais, políticos e coletivos se apresentaram e discursaram no palco da Praça da República onde houve a concentração para a marcha



Deejay Marah Soull tocou músicas de artistas negros de diversas estilos e comandou o palco montado na Praça da República para centenas de pessoas


“Historicamente, as mulheres negras são obrigadas a ir pra rua para reclamar justiça pelos seus mortos. As mães são obrigadas a ir pras ruas para salvar a honra dos seus filhos assassinados. Este dia no ano, pelo menos um, em que a gente vem pras ruas, não simplesmente para buscar justiça por um nosso que morreu, que tombou, mas pra dizer que nós temos um projeto de sociedade, que nós temos um projeto de bem viver, que esse mundo não basta pra gente”, disse a vereadora Luana Alves (PSOL-SP).



O grupo Ilú Obá de Min tocou durante todo o percurso da marcha


A ativista e coordenadora do Movimento Negro Unificado (MNU) em São Paulo, Regina Lúcia dos Santos, 68 anos, foi ovacionada quando subiu no palco. ” É muita dor, é muita luta é muita opressão ainda, mas nós, povo negro, temos muito a oferecer pra essa sociedade que tenta nos matar, nos calar, acabar com a nossa possibilidade de vida e nós oferecemos o bem viver. Isso não é pouca coisa, pra quem passa o que nós passamos.”


A 8ª edição da marcha encerrou em frente à biblioteca Municipal Mário de Andrade – onde escritoras negras foram homenageadas


Créditos de imagens - José Cícero












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