Após a moção de censura que derrubou o governo de Michel Barnier, Macron dirigiu-se à nação para garantir que nunca irá "assumir a irresponsabilidade dos outros" e que irá exercer o cargo de presidente "plenamente, até ao fim".
No primeiro discurso após a queda do governo de Michel Barnier, Emmanuel Macron afastou o cenário de demissão e garantiu que irá continuar como presidente de França até ao fim do seu mandato.
“O mandato que me confiou democraticamente é um mandato de cinco anos e irei exercê-lo plenamente até ao seu fim”, garantiu esta quinta-feira o presidente francês.
Emmanuel Macron agradeceu a Michel Barnier pela sua "dedicação e combatividade". "Ele esteve à altura da situação quando tantos outros não o fizeram”, elogiou, não deixando de lado as críticas aos partidos da oposição que votaram na moção que ditou o fim do atual executivo, acusando-os de querer provocar o "caos" e de "não querem construir" mas sim "desmantelar”.
“Michel Barnier foi censurado porque a extrema-direita e a extrema-esquerda se uniram numa frente anti-republicana”, denunciou Macron que, respondendo aos insistentes apelos de demissão, afirmou: “Nunca assumirei a irresponsabilidade dos outros”.
Próximo primeiro-ministro nomeado "nos próximos dias"
Emmanuel Macron não anunciou hoje o nome do sucessor de Barnier, que manterá, por enquanto as funções de primeiro-ministro no governo de gestão.
O nome do próximo líder de governo será anunciado "nos próximos dias" e, segundo o presidente francês, terá em conta o "interesse geral".
“Vou incumbi-lo de formar um governo de interesse geral, representando todas as forças políticas de um arco de governo que dele possam participar ou, pelo menos, comprometer-se a não censurá-lo”, explicou.
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