O rapper iraniano Toomaj Salehi, condenado à morte por apoiar os protestos antigovernamentais após a morte de Mahsa Amini, foi libertado no domingo (1º), após passar dois anos sob custódia policial.
De acordo com a BBC, que cita a agência de notícias iraniana Mizan, Salehi foi detido em outubro de 2022 e libertado após cumprir uma pena de um ano por propaganda contra o Estado.
O artista, de 34 anos, havia sido condenado em julho de 2023 a seis anos e três meses de prisão. A sentença foi reduzida depois que o Supremo Tribunal anulou a pena de morte inicialmente imposta. Em novembro do mesmo ano, ele foi libertado sob fiança, mas voltou a ser preso poucos dias depois, acusado de compartilhar "alegações falsas" em um vídeo onde afirmava ter sido torturado pelas forças de segurança iranianas.
Em abril de 2024, Toomaj foi novamente condenado à morte, acusado de "corrupção na terra", uma das acusações mais graves no Irã. No entanto, o Supremo Tribunal anulou mais uma vez a sentença, permitindo sua libertação.
Salehi usou sua música e redes sociais para apoiar os protestos desencadeados pela morte de Mahsa Amini, uma jovem curda iraniana detida pela "polícia da moralidade" por supostamente violar o rígido código de vestuário feminino do país. O movimento ganhou força e resultou em confrontos em massa entre manifestantes e forças de segurança.
Durante os protestos, ocorridos principalmente em outubro e novembro de 2022, centenas de pessoas, incluindo membros das forças de segurança, foram mortas, e milhares de manifestantes foram detidos. Após meses de repressão, as manifestações diminuíram, mas deixaram um legado de resistência que continua a inspirar movimentos dentro e fora do Irã.
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