Objetivo é fortalecer o desenvolvimento sustentável da pesca artesanal e da aquicultura na região prioritária de atuação da usina
A Itaipu Binacional e o Ministério da Pesca e Aquicultura assinaram nesta quinta-feira (5), em Brasília (DF), um acordo de cooperação técnica para o desenvolvimento do setor pesqueiro na área de atuação prioritária da usina, que compreende todo o Estado do Paraná e parte do Mato Grosso do Sul.
Crédito das fotos: Enir Rodrigues/Ministério da Pesca e Aquicultura
Um dos objetivos do acordo é a promoção de eventos técnico-científicos, dedicados à discussão dos impactos social, econômico e ambiental da aquicultura no território, junto a entidades e agentes vinculados a legalização, regulamentação e desenvolvimento da cadeia do pescado.
Enio Verri, diretor-geral brasileiro de Itaipu. Foto: Enir Rodrigues/Ministério da Pesca e Aquicultura.
A parceria também busca fortalecer a gestão do setor por meio de regularização de áreas aquícolas, incentivo à aquicultura familiar e valorização da pesca artesanal. “Não tenho dúvida de que nós vamos dar um salto enorme nas ações que desenvolvemos nessa área, tanto do ponto de vista quantitativo quanto qualitativo”, declarou o ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula.
Carlos Carboni, diretor de Coordenação de Itaipu. Foto: Enir Rodrigues/Ministério da Pesca e Aquicultura.
O ministro também elogiou o trabalho que a Itaipu há décadas faz na região para beneficiar o setor, em ambas as margens do reservatório (lados brasileiro e paraguaio), e agradeceu a parceria com a empresa. “Temos muita confiança de que tudo que nós vimos aqui, com o nosso trabalho, vai se transformar em realidade.”
O diretor-geral brasileiro da Itaipu, Enio Verri, disse que as ações da empresa atendem às diretrizes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e citou como exemplo o convênio “Desenvolvimento e diagnóstico do setor pesqueiro: aquicultura familiar e pesca artesanal”, assinado em novembro, em Matinhos (PR), com investimentos previstos de quase R$ 9 milhões e alcance de 11,3 mil pescadores.
Verri mencionou ainda os estudos do corpo técnico da Itaipu para introdução da tilápia entre as espécies produzidas no reservatório. “Creio que em 2025 teremos os primeiros resultados desses estudos e a expectativa é que em 2026 poderemos anunciar o início dessa experiência que vai mudar a economia local.”
André de Paula, ministro da Pesca e Aquicultura. Foto: Enir Rodrigues/Ministério da Pesca e Aquicultura
Também participaram do evento, em Brasília, o diretor de Coordenação da Itaipu, Carlos Carboni; a secretária nacional de Aquicultura, Tereza Nelma; o secretário nacional de Pesca Artesanal, Cristiano Ramalho; o representante da FAO no Brasil, Jorge Alberto Meza Robayo; e Laura Nuñez, representante da Embaixada do Paraguai no Brasil.
Potencial econômico
Segundo dados do IBGE, o Paraná é o maior produtor de peixes do País, com 26,2% da produção nacional. O Oeste do Estado, particularmente, tem forte aptidão para a aquicultura. A Agência Nacional de Águas (ANA) calcula que o potencial produtivo do reservatório da Itaipu é de aproximadamente 400 mil toneladas anuais, sugerindo um faturamento aproximado de R$ 2 bilhões/ano, com geração de 10 mil postos de trabalho diretos e outros 40 mil indiretos.
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