Fortes explosões foram registradas nesta terça-feira (10) em Damasco, segundo relatos da agência de notícias France-Presse (AFP). As explosões ocorreram pouco após uma organização não governamental (ONG) relatar que Israel realizou cerca de 250 ataques contra a Síria desde a deposição do presidente Bashar al-Assad no último domingo.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), com sede no Reino Unido e ampla rede de informantes na Síria, afirmou que Israel intensificou bombardeios visando instalações militares estratégicas, buscando impedir que elas caiam nas mãos de grupos rebeldes.
De acordo com o OSDH, os ataques israelenses tiveram como alvo aeroportos, radares, depósitos de armas, centros de pesquisa militar e até navios da Marinha síria, como os localizados no porto mediterrâneo de Latakia, no noroeste do país.
Na segunda-feira, o OSDH relatou que aviões de guerra israelenses bombardearam navios militares no porto de Latakia, além de armazéns de armas em localidades próximas. "Os ataques visaram destruir o arsenal militar das forças do antigo regime nos arredores da cidade", afirmou a organização.
O diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman, destacou que os bombardeios têm como objetivo "neutralizar o poder militar" do governo deposto de Assad. A rádio oficial do Exército israelense confirmou os ataques em Latakia, afirmando que "Israel está destruindo navios militares sírios".
Além de Latakia, a aviação israelense também teria bombardeado alvos militares em áreas próximas a Damasco e em cidades como Mahaja, no norte da província de Daraa, ao sul da Síria. Segundo o OSDH, os ataques destruíram aviões de combate em aeroportos, além de radares e depósitos de armas.
O Observatório informou que Bashar al-Assad deixou a Síria e pediu asilo na Rússia após a queda de seu governo. No último domingo, uma coalizão rebelde liderada pela Organização de Libertação do Levante (HTS, em árabe) assumiu o controle da capital síria em uma ofensiva relâmpago de 12 dias.
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