O Exército prepara salas especiais no Comando Militar do Planalto (CMP), em Brasília, para eventuais prisões do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que é capitão reformado, e generais investigados por supostamente tramar um golpe de Estado.
A preparação se antecipa ao depoimento de militares pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (22). Integrantes da Força afirmam que não há indicativos de prisão, mas apenas um cuidado para caso ocorra alguma detenção não sejam pegos desprevenidos.
Além de Bolsonaro, prestarão os esclarecimentos à Polícia Federal em Brasília os generais Walter Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil e Defesa), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa) e Mário Fernandes (ex-secretário-executivo da Secretaria Geral da Presidência).
Também serão ouvidos o coronel da reserva Cleverson Ney Magalhães e o almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha
No caso dos generais, eles não podem ficar presos em unidades que não sejam comandadas por um outro general por uma questão de hierarquia.
Como o ex-presidente é capitão reformado, ele, caso seja determinada sua prisão, pode optar por ficar numa unidade militar.
Foi a partir disso que o Comando Militar do Planalto em Brasília começou a preparar salas para receber eventuais presos de alta patente. O espaço precisa de grades e banheiro.
A informação de que o Comando Militar do Planalto prepara um alojamento para eventuais prisões foi antecipada pelo coluna “Radar”, da revista “Veja” e confirmada pela CNN.
Na operação da Polícia Federal deflagrada no dia 8 de fevereiro, 16 militares foram alvos.
Três deles foram presos: o coronel Bernardo Romão Corrêa Neto, tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira e o tenente-coronel Ronald Araújo Junior, e o coronel da reserva Marcelo Câmara, assessor de Bolsonaro.
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