Embalados e embolados para 2026O Circo Já Começou
- Nelson Guerra
- há 3 dias
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Por Prof. Nelson Guerra - Analista Político
O domingo foi de "Anistia, Amém e Ah, Vamos Ver" na Avenida Paulista. O ato bolsonarista foi, ao mesmo tempo um sucesso – se comparado ao evento minguado de Copacabana no mês passado, ou um fracasso – se lembrarmos que 45 mil pessoas em um país de 210 milhões é o mesmo que um "vale-presente de R$ 10 no Natal".

Mas não se enganem: Bolsonaro ainda é o mestre de cerimônias da direita brasileira, com governadores e parlamentares no palanque como figurantes de um reality show chamado "Quem Quer Ser Candidato em 2026?". O grito pela anistia soou alto, mas, convenhamos, ninguém ali estava preocupado com os presos do 8/1 – só com os votos do futuro.
A FOTOGRAFIA DO MOMENTO
Enquanto isso, nas pesquisas: Lula tá lá, firme como um aposentado na fila do INSS – não sai do lugar, mas ninguém tira dele. Já Bolsonaro é como aquele ex que some por meses e do nada manda mensagem: "Bora conversar?".
A volatilidade eleitoral do Brasil é tão imprevisível que até o Datena já pensou em ser presidente. Se em 2018 um deputado sem partido virou presidente, em 2026 por que não um meme do ZAP?
E o TSE? Bom, se a inelegibilidade de Bolsonaro fosse um filme, já teria tido três finais alternativos – e o STF é o diretor que ainda não decidiu se mata o vilão ou dá a ele um spin-off.
A ANISTIA E O XILIQUE
A bancada conservadora no Congresso tem mais força que café de coador velho, e se resolverem empurrar a anistia, pode ser que role – especialmente se o STF fizer aquela "vista grossa" que a gente já conhece.
Se isso acontecer, Bolsonaro não só escapa da cadeia, como volta com o "superpoder" de quem sobreviveu a tudo – tipo um Zé Gotinha da Direita, mas em vez de vacina, espalha polêmica.
E SE ELE VOLTAR? VIRAREMOS VENEZUELA DE HAVAIANAS?
Tem gente que acha que um novo governo Bolsonaro seria "20 anos de ditadura do zap", com direito a ministro youtuber e live mensal no Planalto. Mas a real? O brasileiro médio tá mais preocupado com o preço do cafezinho do que com ameaça à democracia.
Enquanto isso, a esquerda faz memes, a direita faz protesto, e o centrão faz caixa – porque no fim, o único projeto de poder que nunca falha no Brasil é o "Salve-se Quem Puder".
CONCLUSÃO
O jogo tá correndo, mas ninguém sabe as regras. Resumindo: 2026 pode ser um remake de 2018, uma continuação de 2022, ou um spin-off totalmente maluco.
Lula segue como favorito, mas tá mais "velho guerreiro" do que "jovem revolucionário". Bolsonaro joga no modo "fênix conservadora" – sempre renasce, mesmo quando acham que morreu. O eleitorado? Tão indeciso quanto "quem vota no BBB".
Por enquanto, o Brasil segue sendo o melhor reality show da América Latina. E a gente? Só torce pra não ser cancelado.
Parabenizo pela forma e pelo conteúdo — há um equilíbrio entre convicção e estratégia que impressiona.
Excelente comentários e com uma certa perspicácia na avaliação. Parabéns pela análise.