O Corinthians apresentou à Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD), nesta quarta-feira, um plano coletivo para o pagamento e parcelamento de dívidas com ex-atletas, empresários e outras equipes. De acordo com o clube, o projeto "abrange processos atualmente em tramitação no referido órgão e prevê o parcelamento ao longo dos próximos anos".
O plano foi elaborado pela Diretoria de Negócios Jurídicos e pela Diretoria Financeira do Corinthians. A medida, que ainda aguarda homologação pela CNRD, órgão pelo qual o clube é alvo de cobranças, faz parte de um conjunto de ações voltadas à reorganização dos setores jurídico e financeiro do clube.
Em outra medida, o Corinthians entrou com um pedido para ingressar no Regime Centralizado de Execuções (RCE). Ele possibilita o fim de bloqueios e execuções, tão comuns em clubes brasileiros endividados, dando um respiro no caixa. O presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo acatou o pedido, e encaminhou o processo para uma das varas especializadas na 1ª instância.
O RCE é um mecanismo criado junto à Lei da SAF que reúne as dívidas e forma uma fila de credores. A medida chegou a ser cogitada durante a gestão do ex-presidente Duílio Monteiro Alves, em 2022, mas foi abandonada pelo mandatário à época.
Corinthians tem uma dívida de aproximadamente R$ 2,3 bilhões. Somente a pendência com a Caixa Econômica Federal pela Arena em Itaquera representa R$ 1,5 bilhão do total. Tanto o clube quanto o banco assinaram um Protocolo de Intenções junto à Gaviões da Fiel, principal organizada do clube, para quitar o estádio por meio de uma "vaquinha".
A campanha de arrecadação "Doe Arena Corinthians" foi iniciada nesta quarta-feira. Em pouco mais de cinco minutos no ar, a vaquinha arrecadou mais de R$ 100 mil.
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