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Foto do escritorMarcio Nolasco

Bolsa registra alta com recuperação da Petrobras; dólar fecha estável

Após três quedas consecutivas, a Bolsa brasileira registrou alta e voltou ao patamar dos 127 mil pontos nesta terça-feira (12), impulsionada pelas ações da Petrobras, que estão se recuperando após fortes recuos recentes. A petroleira avançou mais de 3% no pregão.



O Ibovespa também foi apoiado por empresas mais sensíveis à economia doméstica, após a divulgação do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de fevereiro, que, apesar de ter vindo acima do esperado, apresentou baixa no núcleo, que exclui itens mais voláteis.


O índice oficial de inflação do Brasil de fevereiro mostrou alta dos preços acima das expectativas, encerrando o mês com alta de 0,83%. O consenso do mercado era de uma inflação a 0,79%.


"Em um olhar qualitativo, a medição de fevereiro foi mais favorável, uma vez que os serviços viram abaixo das expectativas e o índice de difusão mostrou que a inflação se espalhou menos pelos itens que compõem o IPCA", afirma Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos.


As maiores altas do dia foram de Natura e Petz, que divulgaram recentemente seus balanços financeiros do quarto trimestre. A Prio aparece logo depois, completando o pódio de melhores desempenhos da sessão após anunciar um programa de recompra de ações.


Na ponta negativa, a Vale, empresa de maior peso do Ibovespa, passou a cair e fechou com recuo de 0,62%, acompanhando os preços do minério de ferro no exterior. O contrato mais negociado na Dalian Commodity Exchange encerrou as negociações do dia em baixa de 3,35%.


Nesse cenário, o Ibovespa encerrou o dia em alta de 1,22%, aos 127.667 pontos.

No câmbio, o dólar oscilou próximo a estabilidade ao longo do dia, fechando em oscilação negativa de 0,08%, cotado a R$ 4,974.


Nos Estados Unidos, a inflação medida pelo CPI (Índice de Preços ao Consumidor, na sigla em inglês) subiu 0,4%.


Já nos EUA, a inflação medida pelo CPI (Índice de Preços ao Consumidor, na sigla em inglês) subiu 0,4% em fevereiro, em linha com o esperado pelo mercado. Os números confirmaram as expectativas de investidores de que um corte de juros nos Estados Unidos deve ocorrer em junho.


As ações europeias subiram para um nível recorde nesta terça-feira, lideradas por montadoras e bancos, conforme investidores mantiveram suas apostas em um corte na taxa de juros pelo Federal Reserve em junho após novos dados de inflação.


"A inflação de fevereiro [dos EUA] mostra um quadro de estabilidade e não irá ajudar os membros do Fomc [comitê de política monetária] a ganharem a confiança adicional que precisam para iniciar o ciclo de queda na taxa de juros, mas não vai alterar as expectativas de que os cortes devem ocorrer no meio do ano", diz Danilo Igliori, economista-chefe da Nomas.


Já Gustavo Sung, economista-chefe da Suno Research, diz que o banco central americano deve adotar uma postura cautelosa em sua próxima reunião, que ocorrerá na semana que vem, diante das incertezas sobre evolução de inflação e mercado de trabalho.


"A divulgação de novos dados será importante para ajustar o cenário de possíveis cortes de juros", diz Sung.


Os a divulgação da inflação de fevereiro, os índices americanos terminaram o dia em forte alta. O S&P 500, o Dow Jones e o Nasdaq subiram 1,12%, 1,54% e 0,61%, respectivamente.

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