Na noite do dia 18, centenas de pessoas se reuniram em manifestação contra a PL 1904, apelidada de “Lei dos estupradores”. Palavras de ordem como Fora Lira, Criança não é mãe, Estuprador não é pai, dentre outras, foram utilizadas pelos e pelas manifestantes em concentração na Praça Raposo Tavares. Após o ato, a manifestação seguiu em passeata até a Secretaria da Mulher que fica ao lado da Catedral de Maringá, na Avenida Duque de Caxias.
O projeto de lei 1904 criminaliza as mulheres que realizarem o aborto legal após a 22ª. semana de gestação. Num país como o Brasil, no qual mais de 60% dos casos de estupro são contra crianças e adolescentes e há demora no processo de autorização pela justiça e consequente demora no procedimento hospitalar, esse projeto penaliza e criminaliza ainda mais a vítima de estupro, expondo-a e aumentando seu sofrimento.
Após ter colocado o projeto em votação de regime de urgência, diante da manifestação contraria de quase 90% da população, o presidente da Câmara dos Deputados, Artur Lira, retrocedeu e pretende colocar para discussão nas comissões no segundo semestre.
Entretanto, o movimento contra a PL 1904 quer o arquivamento do projeto e não a continuidade de sua tramitação na Câmara.
As organizadoras do Ato em Maringá continuarão mobilizadas até que o projeto seja devidamente arquivado.
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