Célio Juvenal Costa

há 6 dias

ELE

As pessoas, no geral, amigos ou inimigos, o respeitavam muito. A ele atribuíam várias qualidades: inteligência, capacidade de liderar, organização, diálogo e respeito pelos outros. Os amigos o consideravam mais ainda: culto, exemplo profissional, carinhoso, espirituoso, compreensivo, incentivador. Os inimigos o viam como a grande mente por detrás das vitórias dos grupos que ele fazia parte.

 

 

Ele próprio reconhecia algumas dessas qualidades, mas achava que, no fundo, as pessoas, especialmente os amigos, o viam hiperbolicamente. Como apenas poucos o conheciam de fato, pois apenas para poucos escolhidos ele realmente abria o coração, a maioria o encarava como, de fato, ele menos era: uma fortaleza ambulante. Na verdade, ele tinha suas neuroses, suas precipitações, suas maldades, suas fantasias, suas bizarrices e criancices e, especialmente, ele tinha seus medos...

 

Enfim, ele era uma pessoa normal... Talvez o que ele mais gostasse nele mesmo era o fato de acreditar que realmente a vida não era linear, e que não devia ser mesmo linear e, quem sabe por isso, ele tinha uma capacidade de se apaixonar de forma intensa. Queria tê-lo conhecido mais, queria tê-lo conhecido mais cedo. Quem sabe ainda não nos reencontramos?? Será um grande prazer!!!

 

Obs: Esta é uma versão revisada e atualizada de um texto originalmente publicado no blog: devaneioseoutrasreflexões.blogspot.com.